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sábado, 11 de enero de 2014

Telmo Correia não afasta coligação com o PSD nas legislativas

// Destaque

?Quanto mais bem sucedido for o governo, maior a pressão para uma aliança?, disse o dirigente centristaO tema paira no congresso do CDS, mas poucos falam sobre ele. E menos ainda, dos que falam, deixam cair uma opinião clara. A discussão sobre uma coligação com o PSD nas legislativas de 2015 foi no entanto abordada por Telmo Correia, que subiu ao palco do Congresso do CDS para apresentar a moção estratégica de Paulo Portas, ?Responsabilidade e Entidade?. Para o dirigente centrista ?o normal é que os dois partidos se apresentem sozinhos? lembrando a história das eleições até hoje, e, acrescentou a sua opinião: ?Eu gostaria que o CDS corresse sozinho?.Contudo há sempre um ?mas? na discussão sobre acordos pré-eleitorais no CDS. Os centristas não querem fechar neste congresso uma posição sobre umas eleições que só acontecem daqui a ano e meio e com o fim do programa de ajustamento pelo meio, mas vão deixando pistas sobre o que pretendem. Depois de dizer o que ?é normal?, Telmo Correia acrescentou que, no entanto ?quanto mais bem sucedida for a nossa acção e mais bem sucedido for o governo, maior será a pressão para uma aliança?. Já Paulo Portas, no texto da moção não põe preto no branco uma decisão, diz que há circunstâncias que podem levar a uma aliança.Certezas para já, só uma: quando a questão se colocar, o Conselho Nacional (o órgão máximo entre congressos) decidirá se a decisão é tomada pelos conselheiros ou, ?se for preciso?, o Conselho Nacional convoca um referendo interno para que sejam os militantes a decidir. A opção por um referendo interno já tinha sido avançada pelo próprio Paulo Portas numa entrevista à Rádio Renascença esta semana.No discurso de apresentação da moção, Telmo Correia aproveitou ainda o palco para criticar aqueles que são um ?factor de radicalização?. O dirigente nacional do partido e deputado, lembrou as coincidências dos protestos nas galerias no parlamento ? onde os manifestantes ?vestem muitas vezes t-shirts da câmara do Seixal? [PCP] ?, da ?ala magna radical? [referência ao encontro das esquerdas promovido por Mário Soares], dos ?saudosistas do PREC? e até de ?um ex-Presidente da República, Mários Soares?. O objetivo de Telmo Correia era só um: ?Há um apelo à violência e o que temos de perguntar é porque é que esses sectores radicais estão a tentar criar um clima radical na sociedade portuguesa? Porquê? Porque já perceberam uma coisa muito simples: ou conseguem a crise agora, ou conseguem provocar eleições agora ou perdem as eleições?. Paulo Portas aplaudiu esta frase de pé.Até porque mais do que uma crítica aos ?sectores radicais?, Telmo Correia queria criticar o próprio PS. ?O custo pode ser aliciante para eles do ponto de vista partidário?, disse, e acrescentou ?seria o segundo resgate?. Mas mais longe: ?Agem por motivação partidária. Esquecem-se de quem nós somos e o que é este partido. Esquecem-se que estamos em coligação com o PSD e que somos o CDS, que não é, nunca foi, nem nunca será intimidável?, rematou.Telmo Correia que excedeu os dez minutos dados na apresentação das moções estratégicas, terminou o discurso pedindo uma ?votação expressiva? na moção de Portas. Liliana Valente

 

 

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